segunda-feira, 19 de setembro de 2016

ARQ (Netflix, 2016)

Na última sexta-feira dia 16 de setembro a Netflix disponibilizou em seu catálogo mais um filme original, dessa vez uma ficção científica. Apesar de nos lembrar filmes como No Limite do Amanhã e Feitiço do Tempo, ao longo da trama esta ideia vai se tornando mais interessante e se distanciando dos filmes que já conhecemos.


A trama é situada em um futuro distópico, onde corporações lutam com as nações mais poderosas, em busca das últimas fontes de energia da Terra. Nesse cenário, Renton (Robbie Amell) e Hannah (Rachael Taylor) tentam salvar uma tecnologia experimental, que pode acabar com as guerras. O problema é que a tal tecnologia criou um loop temporal, que deixa ambos revivendo a invasão de sua casa todos os dias.


Não dá para falar muito do filme sem dar spoilers, então eu vou falar bem pouco sobre ele. Este ambiente distópico que o filme traz é pouco explorado em sua ambientação que 99% se passa dentro de uma casa, porém vamos imaginando e descobrindo ele aos poucos. A fotografia é escura e em tons de verde para causar a impressão de um ambiente de pouca iluminação, quente e fechado, a cinematografia é fria e quase não muda o tom, em alguns cômodos percebemos a luz do dia, o tom quase em sépia causa uma estranha sensação, podemos sentir uma temperatura mais quente, no quarto por exemplo. Os objetos de cena e os cenários, me lembraram aqueles jogos de escape (alguém joga isso? Eu jogava!), são pouco objetos, na sala tem uma TV futurística (??) que tá mais para um holograma. Os efeitos visuais são bem poucos e eficientes. A trilha sonora embala a trama dando o clima de tensão e suspense, mas ela não só marca o ritmo dos acontecimentos, ela é um complemento. As atuações são medianas, mas não são ruins no geral. Os cortes das cenas e a edição num primeiro momento parecem desconexas, isso porque estamos em uma trama sci-fi presos com os personagens em um loop temporal, o que num primeiro momento parecem erros de continuidade, se amarram perfeitamente ao desenrolar da trama. O roteiro é bom, complexo e diverte, nunca deixando o espectador entediado. Dirigido por Tony Elliot que mostra que menos é mais, e mesmo com baixo orçamento, um filme pode contar um ótima história.
Veja o trailer:



Para quem gosta de filmes explicadinhos e com finais óbvios, este longa deve desagradar, pois ele prende o espectador ao longo de 1h e 28 minutos e no final deixa a gente tirar nossas próprias conclusões. É o tipo de filme que não julga o espectador como um alienado, não pensa pela gente, muito pelo contrário vai além do "The End". Um longa interessante, inteligente e que dá margem para debater entre os amigos o que seria dali para frente. Eu Sinceramente espero que não haja uma continuação, o grande trunfo do filme é o seu final inesperado e surpreendente que deixa aquele gostinho de quero mais. 

Recomendo para quem gosta de ficção científica de verdade, e não para quem procura efeitos especiais e histórias auto explicativas. 
Parabéns, Netflix!

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